Não sei se ando fugindo de mim, ou de você. Sei que hoje caí
num abismo sem fim, sinto o vento batendo no rosto e me dizendo que agora já foi, estamos nessa. Estamos aonde? Onde caí? Porque caí? Estou correndo de você, ou escapando do que
eu estou sentindo por você?
Se eu dissesse que preciso de um abraço agora, você diz que tá vindo correndo me encontrar? Diz que já está tocando a campainha da minha casa ou que já está na sacada me esperando? Promete que você vai tirar todas essas dores que eu ando sentindo, que eu vou poder ligar pra você no meio da tarde contando que alguém me tirou do sério. Diz também, que vai deixar eu te ligar de madrugada pra dizer que acabei de sonhar com você.
É sempre assim, eu me jogo de cara e encontro o chão.
Diferente das outras vezes, ainda estou em queda livre. Naquele momento que eu
não sei se vou cair mesmo, se você vai me segurar lá embaixo, ou até mesmo, se
vai aparecer alguém pra segurar a corda e me fazer sonhar.
A sorte ou azar de quem foge, é que sempre tem alguém
depois. Acostumada a ir embora, me esqueço que você pode ser o diferente.
Talvez seja por isso que esteja tão difícil de não te deixar, mas é tão fácil.
Mas também, dá um apertinho no peito.
Uma vontade louca de jogar na sua cara que eu to aqui, por você e pra
você.
Mas vem cá. Começa a me desafiar mostrando que você não entrou na minha vida e já vai embora. Diz que vai ficar, explicar porque não deu certo antes. Diz que foi feito sobre encomenda pra mim. Olha você já está me desafiando, fazendo eu querer ficar de boa com você. Vem
cá, me faz feliz. Me salva desse abismo, antes que alguém chegue primeiro.
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