(Leia Ouvindo ♥)
Em um dia desses, eu tava lendo um livro, e todos os
personagens se tratavam por incrível que pareça sobre nós. Cada frase bonita,
de algum jeito, me fazia trazer nós. E eu vou te confessar um negócio, se tem
uma coisa que eu adoro ouvir é o tal do ‘nós’. Eu adoro a combinação sonora dos
nossos nomes juntos.
Adoro você com sono dizendo bobeiras que não diria sóbrio.
Ainda mais quando essa baboseira faz com que você combine o meu apelido
favorito com seu sobrenome. Juro que eu reli aquela conversa mil
vezes, e reli outras mil vezes quando acordei pra ver se eu não tinha sonhado.
Adoro a combinação das nossas cenas com qualquer trilha
sonora. Adoro o som da sua voz interrompendo qualquer trilha sonora. Adoro ler
o seu nome em ‘recebendo ligação’. Adoro ver você chegando. E adorei ver a
combinação que você faz com meu sofá. E mais ainda, te enxergar da sacada.
Perguntei a uma amiga, por onde andava o meu eu. Porque eu
tava tão louca, que eu precisava voltar. E ela respondeu, que eu tava vivendo a
melhor fase da minha vida. E ela tinha razão. Ela tinha razão quando dizia que
nós éramos um lindo casal. Aliás, você perguntou o que minhas amigas falavam de
você, tirando a parte do estranho, elas dizem que você é o que faltava.
Elas sabem. As paredes sabem. E a minha mãe até andou
comentando que eu ando com um sorriso bobo na cara. É como se eu me re-encantasse
a cada segundo. Porque digamos que, por mais coração de pedra que eu fosse, eu
me apaixonava fácil. E desapaixonava mais fácil ainda.
E por você não, vai se renovando. Se multiplicando. E o estranho, o mais impossível é que começa a fazer sentido. Começa a fazer sentido quando eu paro de surtar e me acalmo, porque o nós não é invenção. Porque como você mesmo já disse, mesmo que eu não quisesse, existe um nós. E eu sou feliz por ter esse nós.
Por ter alguém que me deixe brava, e mesmo assim me arranque um sorriso fácil. Por não ser um qualquer alguém, é porque é você. Tinha que ser, não podia ser outra pessoa. Tinha que ser assim, do seu jeitinho, da sua maneira. Do jeito que você queria que fosse, com a calmaria que você queria que tivesse.
O nós que existe pra mim e pra você, é o que tava escrito entre todos os bares que a gente com certeza se esbarrou. Era pra acontecer. Aquela semana era nossa. Ou a gente se conhecia e virava um nós, ou a gente seria nós, de novo. Tava escrito. Era pra acontecer. Tava nas entrelinhas. Está entre as estrelas. Nós.
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