Não sei fingir

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Existem pessoas que entram nas nossas vidas já com data para saírem. Algumas entram, fazem com que confiemos nelas e logo depois se vão - sem mais, nem menos. Outras, entram, quebram tudo, e se vão levando tudo que puderem.

Sinceramente, não sei como algumas pessoas que fizeram parte da minha vida por tantos anos, acompanharam tantas fases, foram confidentes, escrevemos tantas histórias, conseguem hoje passar por mim e fingir que não existo. Não é que eu imagine que sou o centro de tudo, ou que nunca fiz mal para ninguém, ou que ninguém tem o direito de me deletar, mas, a gente deveria ter pelo menos o direito de saber o motivo, o porquê.

Acredito, que temos que acordar todos os dias já pensando em fazer de tudo para não ferir as pessoas. É fácil não ferir quem amamos, o desafio está em não ferir quem ainda não amamos.

Desde pequena tenho o grande defeito de achar que as pessoas nunca irão me decepcionar, de que tudo fluirá bem, e conseguiremos passar por qualquer obstaculo que nos impeça de amar. E sim, somos fortes o bastante para enfrentar tudo, mas para isso, a pessoa do outro lado precisa querer.

Ao mesmo tempo que amar e se apegar as pessoas pareça ser algo ruim, eu sempre acreditei que não fosse. Prefiro quebrar a cara porque amei muito e fiz tudo o que pude, do que não sentir nada, viver um vazio e achar que não sentir me faz ter o direito de brincar de sentir. Mas também, existe o outro lado, o lado em que ser tão apegado as pessoas pode nos devastar e nos ferir, e nisso, já sou expert.

Algumas relações são insustentáveis, é difícil conseguir ter uma amizade verdadeira com alguém que te feriu tão profundamente, e se isso está claro para os dois lados, é aceitável se afastar durante um tempo.

O problema é que eu nunca sei o que fazer, enquanto muitos me matam de suas vidas, eu ainda continuo aqui, sem coragem nenhuma para matar ninguém.

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